quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A farra dos sacos plásticos

O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora.



O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.

Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa. A caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez. Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem.

A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.

No Complexo do Alemão, plásticos não biodegradáveis se juntam ao lixo nas ruas.

No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água - retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis - e dificultam a compactação dos detritos.

Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus. Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania. Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade.

A guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi aprovada uma lei que obriga os produtores e distribuidores de embalagens a aceitar de volta e a reciclar seus produtos após o uso. E o que fizeram os empresários? Repassaram imediatamente os custos para o consumidor. Além de anti-ecológico, ficou bem mais caro usar sacos plásticos na Alemanha.

Na Irlanda, desde 1997 paga-se um imposto de nove centavos de libra irlandesa por cada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicar o número de irlandeses indo às compras com suas próprias sacolas de pano, de palha, e mochilas. Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP mobilizou a atenção dos consumidores com uma campanha original e ecológica: todas as lojas da rede terão seus produtos embalados em sacos plásticos 100% biodegradáveis. Até dezembro deste ano, pelo menos 2/3 de todos os saquinhos usados na rede serão feitos de um material que, segundo testes em laboratório, se decompõe dezoito meses depois de descartados. Com um detalhe interessante: se por acaso não houver contato com a água, o plástico se dissolve assim mesmo, porque serve de alimento para microorganismos encontrados na natureza.

Mau exemplo: lixão em SP recebe 250 toneladas por dia.

Não há desculpas para nós brasileiros não estarmos igualmente preocupados com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos na natureza. O país que sediou a Rio-92 (Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente) e que tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta, ainda não acordou para o problema do descarte de embalagens em geral, e dos sacos plásticos em particular.

(...)

É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos. Há muitos interesses em jogo. Qual é o seu?

O jornalista André Trigueiro é redator e apresentador do Jornal das Dez, da Globonews, desde 1996. Na Rádio Viva Rio AM (1180 kwz ), Trigueiro apresenta o programa Conexão Verde, de segunda a sexta. Nele, aborda temas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O jornalista é pós-graduado em Meio Ambiente pela MEB COPPE/UFRJ (2001).
Por André Trigueiro

O que de fato ocorre, é que não se trata unicamente do carbono e sim de um conjunto de situações para uma outra posição.


Carbono é a palavra mais debatida por diversos motivos, mas em termos gerais por que ganhou termos de moeda. Os debates giram em torno de dois pontos, o primeiro deles é o sequestro de carbono (política oficial dos EUA que não é signatária do protocolo de Quioto) e o mercado de carbono. O primeiro modelo refere-se a criar sumidouros de carbono na Biosfera, oceanos e subsolo, além de melhorar o genoma de microrganismos que atuam no cliclo do carbono entre outras medidas e o mercado de carbono trata-se de desenvolvimento de MDLs (Medidas de Desenvolvimento Limpo) além de cotar empresas pela sua emissão anual de carbono, fazendo que uma empresa que polua mais tenha de comprar créditos de carbono.
O que de fato ocorre, é que não se trata unicamente do carbono e sim de um conjunto de situações para uma outra posição. A primeira delas é de que se trata de de uma série de ações, não apenas do carbono, mas também de metano e outros. Tais gases são produzidos em maior escala durante a produção de energia, seja por carros, usinas ou fábricas. O carbono se tornou expressivo pelo seu contexto genérico, mas não se deve tê-lo apenas como o principal gás.
Um ponto defendido por alguns ambientalistas ainda leva em conta que o mercado de créditos de carbono não leva em consideração com a atitude devida os países em desenvolvimento como lares de diversas multinacionais e além disso um programa mais profundo de conscientização em relação ao consumo de energia e a reciclagem de produtos bem como a diminuição de uma pesada indústria de consumo de bens.

Por Marcelo Hammoud

Clima extremo é o novo normal, diz secretário-geral da ONU

O clima extremo é o novo normal e representa uma ameaça à raça humana, disse na terça-feira (4) o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, enquanto tentava reviver as negociações globais para combater a mudança climática, atualmente em um impasse.
A intervenção de Ban ocorre em um momento em que os esforços para aprovar uma ampliação simbólica do Protocolo de Kyoto parecem vacilar. O Protocolo de Kyoto é um tratado que obriga cerca de 35 países desenvolvidos a cortar suas emissões de gases de efeito estufa.
Em um discurso feito aos representantes de quase 200 países reunidos em Doha, Ban afirmou que o degelo do Ártico que deve atingir um nível recorde este ano , as supertempestades e a elevação do nível das marés são sinais de uma crise.
“O anormal é o novo normal”, disse ele aos delegados presentes ao encontro iniciado em 26 de novembro que segue até 7 de dezembro. Ele afirmou que os sinais de mudança estão aparentes em todo lugar e “dos Estados Unidos à Índia, da Ucrânia ao Brasil , a seca dizimou lavouras essenciais no mundo”.
“Ninguém está imune à mudança climática – rico ou pobre. Esse é um desafio existencial para toda a raça humana, nosso modo de vida, nossos planos para o futuro”, afirmou ele.
Exortando as nações a deixarem de lado a apatia e se tornarem mais ambiciosas, ele afirmara mais cedo que a supertempestade Sandy , que atingiu o Caribe e os EUA há um mês, “nos deu um chamado de alerta”.
O fracasso para aprovar a extensão do pacto de Kyoto tem prejudicado os esforços para estabelecer as bases de um novo acordo global, sob os auspícios da ONU, que deverá ser aprovado em 2015 para entrar em vigor a partir de 2020.
Na última tentativa feita em 2009, uma cúpula em Copenhague não conseguiu aprovar um acordo global para suceder o Protocolo de Kyoto.
Kyoto exigiu que os países cortassem suas emissões de gás-estufa em uma média de 5,2 por cento abaixo dos níveis de 1990 de 2008 a 2012. (Fonte: Portal iG)

Composição e classificação dos esgotos sanitários

Os esgotos sanitários têm em sua composição cerca de 0,1% de material sólido, compondo-se o restante essencialmente de água.


Essa parcela, numericamente tão pequena, é, no entanto, causadora dos mais desagradáveis transtornos,  pois  a  mesma  possui  em  seu  meio  microrganismos,  na  maioria unicelulares, consumidores de matéria orgânica e de oxigênio e, muito provavelmente, a ocorrência de patogênicos à vida animal em geral.
O esgoto doméstico chega à rede coletora com oxigênio dissolvido, resultante parte da água que lhe deu origem e parte inserido através de turbulência normalmente ocorrida na sua formação, sólidos em suspensão bem caracterizados e apresentando odores próprios do material que foi misturado a água na origem.  Com a movimentação turbulenta através dos condutos de transporte a parte sólida sofre desintegração formando uma “vazão líquida” de coloração cinza-escura, com liberação de pequenas quantidades de gases mal cheirosos, oriundos da atividade metabólica dos microrganismos presentes em seu meio. Nestas condições o esgoto passa a ser denominado de esgoto velho.
O aumento da lâmina líquida nos condutos originado do acréscimo das vazões para jusante e da redução das declividades, dificulta a entrada do oxigênio atmosférico, enquanto que o oxigênio livre no meio aquoso é consumido pelos microrganismos aeróbios. Se a capacidade de reaeração da massa líquida não for suficiente para abastecimento das necessidades das bactérias, a quantidade de oxigênio livre tende a zero, provocando o desaparecimento de toda a vida aquática aeróbia.



terça-feira, 13 de novembro de 2012

Geografia da cidade de São Mateus do Sul- Paraná


O município possui uma área de 1.342,633 km², tendo sua população estimada em mais de 40 mil habitantes. Estima-se que a maioria, cerca de 58% vivem na sede urbana e 42% na área rural, distribuídos em cerca de 5 mil pequenas propriedades.
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, atualmente, o município possuiu mais de 29 mil eleitores.
São Mateus do Sul faz limites com as cidades de Antonio Olinto, São João do Triunfo, Mallet, Paulo Frontin, Rebouças e Rio Azul, no estado do Paraná; e com Canoinhas e Três Barras, no estado de Santa Catarina.
A água é abundante no município, cortado pelos rios Iguaçu e Potinga, e banhado ao sul pelo Negro, na fronteira com Santa Catarina. O clima do município é descrito como subtropical úmido mesotérmico, tendo seus verões frescos, invernos com ocorrência de geadas severas e frequentes.
A área do município é coberta ainda em mais de 50%, por vegetação original da mata atlântica. A sede do município está a uma distância de 150 km de Curitiba, 120 km de Ponta Grossa, 90 km de União da Vitória e 240 km do Porto de Paranaguá.

Secretária do Meio Ambiente de São Mateus do Sul


Meio Ambiente

Tem como área de competência a execução da política ambiental no âmbito do município, compreendendo o relacionamento institucional e gerencial com entidades estaduais, federais e particulares ligadas à área do meio ambiente, a fiscalização das atividades que ofereçam risco efetivo e potencial ao meio ambiente; a articulação com a Secretaria de Educação e Cultura para promover a educação ambiental em todos os níveis, nas escolas municipais; a articulação com segmentos organizados da sociedade para promoção de eventos de natureza ecológica; articulação com a Secretaria Municipal de Agricultura para produção agro ecológica na agricultura familiar do município; a execução por administração direta ou através de terceiros, da limpeza pública, coleta e reciclagem e da disposição final do lixo urbano; a articulação com a Secretaria Municipal de Obras Públicas visando conservação e melhorias de praças, parques e jardins além de desenvolver projetos que visem a harmonia paisagística.
Secretário: Paulo Jesuan Guimarães Ulbrich
Contatos
Fone: (42) 3912-7045
E-mail: smmasms@gmail.com

segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Protestos contra a construção da hidroelétrica Belo Monte



Até se chegar a um consenso, tudo indica que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, passará por muitos debates dentro e fora do Brasil. A autorização para início das obras foi, inclusive, discutida na última semana durante o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que é o órgão máximo de direitos humanos da instituição. Durante a sessão do conselho, que ocorreu em Genebra, na Suíça, o caso foi apresentado pela organização Conectas, uma das entidades credenciadas para prestar informações à ONU. “Expressamos nossa preocupação com a atitude do governo brasileiro para as medidas cautelares concedidas pela Comissão de Direitos Humanos em benefício das comunidades afetadas pela obra. A construção da Usina de Belo Monte ameaça a vida e, inevitavelmente, impacta a integridade de 24 povos indígenas”, afirmou, na ocasião, a representante da Conectas, Mariana Duarte. Demanda - Aqui no Brasil, ambientalistas, especialistas e representantes da sociedade civil vêm travando uma verdadeira batalha. O assunto tem sido abordado em diversos eventos, e não foi diferente na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizado em julho, em Goiânia. A construção da usina de Belo Monte é vista como necessária para suprir a demanda de energia que o País terá devido ao crescimento econômico nos próximos anos. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2020, o Brasil precisará ter nada menos que 171 mil MW em potencial de geração de energia. Somando todas as fontes disponíveis hoje, o País tem 110 mil MW. O esforço equivale a mais de cinco usinas de Belo Monte ou então mais quatro de Itaipu. O físico Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), afirmou que a energia elétrica é muito cara para o consumidor comum e que o potencial energético brasileiro é subaproveitado. “O País utiliza somente 30% da sua capacidade hidrelétrica, apesar de ser o primeiro em recursos hídricos”, diz o especialista, que é ex-presidente da Eletrobrás. Em termos absolutos, o aproveitamento hídrico fica atrás da China, EUA e Canadá. A construção de Belo Monte, portanto, seria um modo de compensar esse “déficit”. “O Nordeste já fez todos os aproveitamentos hidrelétricos possíveis. Hoje, o maior aproveitamento é no Norte”. O projeto da obra, localizada no Rio Xingu, já existe há três décadas, mas nunca saiu do papel devido às críticas de ambientalistas, movimentos sociais e lideranças indígenas preocupados com a extensão da hidrelétrica em uma região de floresta amazônica e com os impactos socioambientais insuficientemente dimensionados. “Faltou o governo chegar a um consenso com a sociedade sobre fazer ou não a usina”, diz Rosa.

Belo Monte - Os Diferentes Discursos

Ilegalidade na construção da hidrelétrica de Belo Monte




Em sua visita ao Pará o Movimento Gota D'Água colheu imagens e depoimentos das vítimas da ilegalidade na construção da hidrelétrica de Belo Monte: o rio e os moradores da região. 
Este vídeo é nosso agradecimento por permanecerem nesta luta, desproporcional, em defesa do nosso rio, do rio símbolo da sociobiodiversidade da Amazônia. Vamos que vamos! Juntos fazemos a diferença.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Os alunos do 1° ano do curso Técnico em Meio Ambiente Integrado está fazendo parte do projeto da horta no colégio, plantando vários tipos de vegetais, legumes e frutas para serem usados na cantina do mesmo.


Na foto as alunas Camila Chaves, Gabrieli Stusk e Patricia Brito

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

São Mateus do Sul e suas riquezas









 São Mateus do Sul é uma cidade pequena, localizada no interior do Estado do Paraná, com 41.126 habitantes, é tida como a capital do Xisto e da Erva- Mate. Tem suas tradições voltadas ao povo polonês que aqui viveram.














São Mateus do Sul - PR


Seus principais pontos turísticos são: a Igreja Matriz, o reservatório de água em formato de uma Cuia de Chimarrão, o barco Peri e a praça do Rio Iguaçu .