Composição e classificação dos esgotos sanitários
Os esgotos sanitários têm em sua composição cerca de 0,1% de material sólido, compondo-se o restante essencialmente de água.
Essa parcela, numericamente tão pequena, é, no entanto, causadora dos mais desagradáveis transtornos, pois a mesma possui em seu meio microrganismos, na maioria
unicelulares, consumidores de matéria orgânica e de oxigênio e, muito
provavelmente, a ocorrência de patogênicos à vida animal em geral.
O
esgoto doméstico chega à rede coletora com oxigênio dissolvido,
resultante parte da água que lhe deu origem e parte inserido através de
turbulência normalmente ocorrida na sua formação, sólidos em suspensão
bem caracterizados e apresentando odores próprios do material que foi
misturado a água na origem. Com a movimentação turbulenta
através dos condutos de transporte a parte sólida sofre desintegração
formando uma “vazão líquida” de coloração cinza-escura, com liberação de
pequenas quantidades de gases mal cheirosos, oriundos da atividade
metabólica dos microrganismos presentes em seu meio. Nestas condições o
esgoto passa a ser denominado de esgoto velho.
O
aumento da lâmina líquida nos condutos originado do acréscimo das
vazões para jusante e da redução das declividades, dificulta a entrada
do oxigênio atmosférico, enquanto que o oxigênio livre no meio aquoso é
consumido pelos microrganismos aeróbios. Se a capacidade de reaeração da
massa líquida não for suficiente para abastecimento das necessidades
das bactérias, a quantidade de oxigênio livre tende a zero, provocando o
desaparecimento de toda a vida aquática aeróbia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário